25 settembre 2008

Brasile, il settore radiofonico vale 600 milioni

Quasi 1,7 miliardi di reais (poco meno di 630 milioni di euro), questo il valore del mercato radiofonico commerciale in Brasile secondo uno studio pubblicato dalla locale associazione delle emittenti radiotelevisive (Abert) e curato dalla Fondazione Getulio Vargas. Il settore radiotelevisivo occupava nel 2006 ben 150mila persone e rappresentava quasi mezzo punto percentuale del PIL nazionale. Il 90% del fatturato è legato alla pubblicità e curiosamente il settore merceologico che investe di più in comunicazione alla radio è quello del commercio e dell'abbigliamento. In Brasile sono censite tremila stazioni e la programmazione più popolare è la musica nazionale, trasmessa dal 38% delle stazioni FM e dal 21% delle AM.

FGV mostra que rádios faturaram R$ 1,67 bilhão em 2007

Brasil - Pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgada na manhã desta terça-feira, 23, pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) revela que as rádios brasileiras tiveram receita de R$ 1,67 bilhão em 2007.
Deste total, 89,2% são provenientes da publicidade, sendo que 58,2% da contratação de espaço via agências e 31% por meio de ações diretas das emissoras. Dados que, segundo o presidente da Abert, Daniel Slaviero, reforçam a necessidade da entidade trabalhar junto ao Legislativo e ao Executivo para evitar que projetos que propõem maior restrição à publicidade avancem.
"Fica muito clara a dependência do setor do mercado publicitário. Na verdade é um mercado livre, aberto e gratuito, financiado exclusivamente pelos seus anunciantes. Qualquer iniciativa que vise a restrição de produtos que são legalmente autorizados a produzir e distribuir, entendemos como ameaça a liberdade de expressão comercial", afirmou Slaviero.
Dentro desta perspectiva de receitas, o setor varejista é o que mais investe em anúncios no rádio: 45%; em seguida aparece o setor de telecomunicações com 8,2% do total de anúncios, perfumaria e farmácia com participação de 7%, os governos estaduais representam 6,7% do bolo, os municipais 6,2% e a administração federal investe 4,9% da sua verba nas emissoras de rádio do país. As bebidas alcoólicas que vem enfrentando restrições à veiculação de propaganda, correspondem a 1,5% do faturamento das rádios.
O economista da FGV, Márcio Couto, destacou que todo o setor de radiodifusão ?-incluindo a televisão - gera 143,5 mil empregos diretor e 159,1 mil trabalhos indiretos. Isso, de acordo com Couto, evidencia a força que o setor possui no país, além de representar 0,49% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2006.
O pesquisador ressaltou ainda que, além de mostrar a receita do rádio, o levantamento mensurou os custos das emissoras de rádio."Identificamos que 62,9% dos custos das empresas estão relacionados à administração e pessoal, 14,1% correspondem à remuneração de agências e os demais custos são de energia, telecomunicações, manutenção, entre outros", explicou o economista.
O levantamento partiu da base cadastrada de 3006 emissoras de rádio comerciais - 1556 foram contatadas e 917 responderam. Do total de respostas, 464 eram emissoras AM e 453 FM. Para o presidente da Abert, esse alcance possibilitou chegar ao verdadeiro número do faturamento do setor de rádio no país.
A pesquisa constatou ainda que, na grade de programação das rádios FM do país, a maior parte (37,5%) é de música nacional, seguida por 20,3% de programas de variedade e 17,8% de canções estrangeiras. Já nas rádios AM, 24,2% é de programas de variedades e 21,1% é de música nacional. A música estrangeira aparece somente com 3,3% de participação nessas emissoras.
Slaviero afirmou que agora o trabalho da entidade será reforçar aos empresários a importância de responder ao trabalho já consolidado e de referência desenvolvido pelo Intermeios, que hoje alcança 113 rádios e estimou faturamento de R$ 767,2 milhões para o setor em 2007. "Cabe a nós da Abert e às entidades locais trabalharmos para que as emissoras informem ao Intermeios, já que ele é o meio tradicional e que já trabalha com informações bastante confiáveis", ressaltou Slaviero.
89,2% da receita é formada pela publicidade; dados servirão para Abert brigar para o fim das restrições ao mercado publicitário. Em novembro a Abert deve apresentar os dados relativos à televisão.

Fonte: Meio & Mensagem - Alexandre Bicca
às Quarta-feira, Setembro 24, 2008

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